Mar me quer / Mia Couto ; il. João Nasi Pereira
Main Author Couto, Mia, 1955- Secondary Author Pereira, João Nasi Publication Lisboa : Caminho, 2002 Description 68 p. : il. ; 26 cm ISBN 9722113747 Abstract Um dia o padre Nunes me falou de Luarmina, seus brumosos passados. O pai era um grego, um desses pescadores que arrumou rede em costas de Moçambique, do lado de lá da baía de S. Vicente. Já se antigamentara há muito. A mãe morreu pouco tempo depois. Dizem que de desgosto. Não devido da viuvez, mas por causa da beleza da filha. Ao que parece, Luarmina endoidava os homens graúdos que abutreavam em redor da casa. A senhora maldizia a perfeição de sua filha. Diz-se que, enlouquecida, certa noite intentou de golpear o rosto de Luarmina. Só para a esfeiar e, assim, afastar os candidatos. Depois da morte da mãe, enviaram Luarmina para o lado de cá, para ela se amoldar na Missão, entregue a reza e crucifixo. Havia que arrumar a moça por fora, engomála por dentro. E foi assim que ela se dedicou a linhas, agulhas e dedais. Até se transferir para sua atual moradia, nos arredores de minha existência.. Topical name Literatura muçambicanaPlano Nacional de Leitura - 8.º Ano CDU 869.0(6) Online Resources capa
Item type | Current location | Call number | Status | Date due | Barcode |
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Monografia | Biblioteca Escolar da Correlhã | J 869.0(6) COUT | Available | E00601047729 | |
Monografia | Biblioteca Escolar de Freixo | J 869.0(6) COUT | Available | E00601050030 | |
Monografia | Biblioteca Escolar de Ponte de Lima | J 869.0(6) COUT | Available | E00601056844 | |
Monografia | Biblioteca Escolar de Vitorino dos Piães | J 869.0(6) COUT | Available | E00601050029 |
Um dia o padre Nunes me falou de Luarmina, seus brumosos passados. O pai era um grego, um desses pescadores que arrumou rede em costas de Moçambique, do lado de lá da baía de S. Vicente. Já se antigamentara há muito. A mãe morreu pouco tempo depois. Dizem que de desgosto. Não devido da viuvez, mas por causa da beleza da filha. Ao que parece, Luarmina endoidava os homens graúdos que abutreavam em redor da casa. A senhora maldizia a perfeição de sua filha. Diz-se que, enlouquecida, certa noite intentou de golpear o rosto de Luarmina. Só para a esfeiar e, assim, afastar os candidatos.
Depois da morte da mãe, enviaram Luarmina para o lado de cá, para ela se amoldar na Missão, entregue a reza e crucifixo. Havia que arrumar a moça por fora, engomála por dentro. E foi assim que ela se dedicou a linhas, agulhas e dedais. Até se transferir para sua atual moradia, nos arredores de minha existência..
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